Ou nos curamos como equipa ou morremos como individuos...

Discurso que se aplica a muitos cenários e contextos da vida! Como indivíduos somos ricos na partilha com os outros, no conhecimento com os outros e dos outros.

Somente Mariana (II)

Da memória dos afectos Mariana guardava algumas pistas no seu frágil corpo, nos 160 cms, de uma magreza acentuada pelas recentes dificuldades que enfrentara na vida. Mariana acariciava todas as noites antes de dormir a pequena cicatriz horizontal que guardava na zona do baixo-ventre.

Era estranha a sensação que recebia a cada toque e passagem que fazia com os seus dedos trémulos naquela zona. Era evidente que havia dado à luz. Mesmo perdida nas memórias do passado Mariana sentia que havia tido esse papel - o de Mãe - ...ainda que de uma forma assustadora, não conseguisse recordar nada mais.

Por vezes adormecia a imaginar como teria sido a sua vida, como seria como mãe, ainda que sentisse que fazia parte da sua natureza, sentimento que deve visitar a grande maioria das mulheres, pelo menos numa qualquer altura da vida.

Que partida a vida lhe pregava, roubando-lhe as memórias e deixando cravadas no corpo marcas de tamanha força e importância. Era um fardo bastante pesado, este que carregava nos últimos tempos.

O corpo dava sinal de cansaço, a mente ia adormecendo ao sabor destes difíceis pensamentos. Marina puxou o cobertor, aconchegando-se nos lençóis. Apertou com convicção o baixo-ventre, como se o acto lhe trouxesse respostas, e deixou-se adormecer. Quem sabe o amanhã não lhe traria as respostas que tanto buscava... Não desistiria nunca do seu passado,

e das suas memórias. Acreditava no poder do tempo. Um tempo que agora parecia perdido...

Havia uma árvore no meio do caminho...

Não importa as árvores que se atravessem nos caminhos da vossa vida, há que acreditar na possibilidade de vencer os obstáculos e alcançar os sonhos...mesmo que estes pareçam irreais, longínquos e impossíveis..

Na terra dos Sonhos..

Na Terra dos Sonhos eu tenho um pedaço de praia e de mar que é só meu! Uma casa em madeira com vista para o rebentar das ondas onde existe uma cafeteira com café ou chocolate quente sempre acabado de fazer. Nesta casa há um sofá branco, tenho a companhia de um labrador, meigo, gentil, de pêlo macio e olhar doce e um casaco comprido de lã grossa para me proteger do frio da maresia noite dentro.

Na Terra dos Sonhos descubro os céus num balão de ar quente, atravessando fronteiras e culturas, descobrindo gentes diferentes, ricas em simplicidade e inocência.

Na Terra dos Sonhos não existem mentiras nem falsos sorrisos.

Na Terra dos Sonhos o dia acorda todas as manhãs solarengo, repleto de alegria e de um despertar bem disposto.

Na Terra dos Sonhos acordam-me os sorrisos, o cheiro a pão acabado de cozer e as palavras doces.

O impossível está apenas à distância de um passo, nessa tal que é a Terra dos Sonhos, e esse passo tem o nome de vontade.

A nossa vontade confunde-se sempre com a vontade dos outros, daqueles que nos rodeiam e cujo olhar nos alegra. Na Terra dos Sonhos nada se impõe nem nos é imposto.

Na Terra daqueles que são os meus Sonhos as palavras são sempre doces, suaves e melodiosas, quer seja na hora de falar ou de ouvir.

Na Terra dos Sonhos o livro das memórias apenas recorda os afectos e os sentidos.

Nessa Terra tudo é possível e nada é inimaginável.

Eu tenho Sonhos, muitos Sonhos, creio que nunca serão demasiados - Os Sonhos - e vocês, amigos do Madalena, que Sonhos acalenta a vossa alma?!

Os reis do Sofá da Casa das Origens!

Lembram-se da frágil e dependente Pituxa?! Cá está ela qual teenager inconsciente! Continua dependente dos donos para questões fundamentais ao bom funcionamento de qualquer ser, e que por razões diversas não vale a pena explicar neste depósito de pensamentos de uma Madalena do mundo. É uma reguila, comilona e já não quer dormir na rua. Rói tudo o que lhe aparece pela frente, nomeadamente sapatos, chinelos, meias e os dedos dos pés e das mãos sempre que os donos estão distraídos! É uma lutadora!

Esta é a Janota! Tem pavor do vento, dos trovões e do barulho das motos! Adoptou a Pituxa - parece-me que a questão do despertar do Relógio Biológico e do instinto maternal também se verifica nas cadelas. É uma mimada!

Apresento-vos o "velhote" da casa. Dá pelo nome de um político bastante conhecido do panorama nacional, contudo devo esclarecer que o baptismo foi feito muito antes do nosso P.M. ocupar o respectivo cargo. De seu nome Sócrates, com inspiração nos temas da Filosofia, é um rabugento, empertigado, que não passa confiança a ninguém...palavras para quê?! É um macho!! Ladra que parece uma fera mas derrete-se todo por umas festas no pêlo. A idade já se faz notar, sobretudo na dificuldade de movimentos, mas digam lá que não parece um boneco?

RECOMENDO!

Para os apreciadores dos paladares da vida a Madalena recomenda uma visita ao Restaurante Luna. A ementa tem influências da cozinha francesa. Os pratos não só são agradáveis ao paladar como também são um prazer para a vista. Esperem ser recebidos de forma simpática, muito provavelmente pela Lisa, a proprietária que partilha a tarefa de gerir aquele espaço com o Sérgio, seu marido e cozinheiro, personagens verdadeiramente encantadoras.

O espaço é acolhedor! Na ementa, desde as saladas, aos pratos de peixe, de carne e às deliciosas sobremesas (experimentem o Nougat com molho de frutos silvestres...hum...já me cresce água na boca...), o tempero é diferente, a apresentação apelativa, o ambiente é tranquilo e o serviço agradável.

Não deixem de visitar, em Leiria, na Rua Glória Barata Rodrigues Lote 20 - Quinta de Santo António. Convém reservar mesa o que poderão realizar através do contacto 244 815 977.

Experimentem e já sabem....depois contem-me como foi.