quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Recomendo!

O passado Sábado trouxe na algibeira um convite de amigos dos tempos da Faculdade! Raramente falto a um encontro com as memórias de tempos tão genuínos, pelo que as 4 rodas que habitualmente conduzo fizeram-se à estrada, descobrindo os caminhos do asfalto na já conhecida A1. Quando tomei a saída da Mealhada, direcção Cantanhede / Murtede, mal adivinhava o que me esperava. Depois de algum desnorte, um telefonema e uma inversão de marcha lá estava o Fernando - amigo disponível nas horas de maior aflição, inclusive aflição rodoviária - a indicar que era mesmo ali o famoso Café do Bairro! Aparentemente ninguém diria que se passaria mais por ali do que um jogo de sueca entre habitantes da localidade, mas as traseiras do prédio escondiam um verdadeiro tesouro gastronómico! Na sala, de aparência simples e pacata, a mesma meia dúzia de quase sempre...Poucos, mas BONS! Na mesa uma iguaria pela qual como e em seguida choro por mais: leitão. A publicidade que o Miguel - organizador do encontro e anfitrião - fez ao dito espaço de restauração foi inteiramente justa. A carne estaladiça, devidamente temperada, saborosa, foi acompanhada por rodelas de laranja e batata frita ao palito! Estava divinal! Como acompanhamento no copo, espumante do próprio anfitrião! Uma combinação deliciosa! Melhor ainda, o preço! Por 7€ degusta-se uma bela meia dose desta iguaria! A tarde foi passada na Adega do Miguel, em Enxofães ( afinal o nome de Fanhais não é assim tão estranho!), a provar Vinhos feitos com várias castas e técnicas e essa sabedoria que de todo não domino. A experiência foi boa, o diálogo ainda melhor! Obrigada Miguel, Obrigada Paula!
Quanto a vós, queridos leitores, não deixem de experienciar o Café do Bairro. Na A1, cortam na saída para Mealhada-Cantanhede. Logo depois, a pouco mais de uma centena de metros das portagens, encontram à vossa esquerda, um corte em direcção a Cantanhede/ Murtede e pouco mais de 1 km adiante, antes da Igreja de Murtede, à vossa esquerda e na estrada principal encontram o Café do Bairro! Não tem placa, mas basta estarem atentos ao movimento de carros e já agora ao cheiro!!
Depois, como sempre, contem-me como foi!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Coisas de uma vida semi-urbana!

Cada vez mais me convenço que a evolução da vida em sociedade cria novos hábitos, formas de estar e, consequentemente, necessidades. Cidadãos que viveram toda uma vida na pacatez de uma aldeia perdida, algures, no meio do pinhal - e qualquer coincidência ou termo de comparação com a minha pessoa e a grande cidade que é Fanhais não é mesmo coincidência - resolvem viver no meio termo entre o que define uma cidade e algo próximo de uma aldeia. Procuram um sitio calmo, aparentemente pacato e, dentro do possível, com uma paisagem minimamente agradável. Já não é de agora que se diz que as aparências iludem e longe estão de adivinhar que num esquema de encaixe vertical de assoalhadas, dito prédio composto por várias fracções, a localização de nada conta SE NÃO PODEMOS ESCOLHER OS VIZINHOS DE CIMA..... não deveria, com a compra ou arrendamento, haver lugar à apresentação do certificado de participação numa qualquer acção de formação com carga horária não superior a meia hora, sobre a aprendizagem, ou pelo menos tentativa, da temática de "Como é importante nunca discutir em família e em voz muito alta, que é como quem diz aos gritos , sobretudo por volta das 4h30 da manhã."- módulos I, II, III??
Madalena sofre.............. um destes dias ainda formo um movimento pelo direito ao sono tranquilo!!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Desabafo...

Terão, certamente, dado conta, ou talvez não, que tem sido diminuta a alimentação em textos que tenho dado a este blog que dá pelo nome de Madalena.
Sinto-me no dever de partilhar convosco que me encontro preocupada! As ideias surgem com maior ou menor inspiração, mas tem sido uma luta imensa colocá-las no papel, ou neste caso, partilhá-las na blogosfera.
Na verdade é como se as palavras que tantas vezes saem de dentro de mim mesmo sem eu dar conta, tivessem proclamado a independência. Uma espécie de golpe do Estado talvez da Alma, quem sabe do pensamento...
Parece que encontraram um qualquer cantinho nos 152 cms da Madalena e se tivessem barricado, recusando-se a colaborar com as minhas ideias. Fecharam portas e janelas, correram cortinas, cerraram estores e taparam todos os buraquinhos, suspeitos de serem condutores de pequenas fugas, com algodão. Nada entra e nada sai! É como se tivessem ganho vontade própria, recusando-se a ser invadidas pelos meus pensamentos e lutassem com acérrima vontade contra qualquer coisa que nem eu sei bem o que seja. Resta perceber se esta dificuldade em soltar palavras, em tratá-las por tu, surge por revolta ou somente por cobardia? Será do tempo? Do tempo não creio que seja certamente....