segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Recomendo!

Na sala o silêncio é quebrado pelos primeiros acordes da guitarra portuguesa. O dito instrumento parecia ditar palavras, profundas, marcantes. Nos cerca de 60 minutos que se seguiram arrepiei-me, sorri, celebrei o momento e deixei que os meus olhos se humedecessem, fruto da emoção das palavras, do brilho dos versos...da bela voz.

Se tivesse nascido com esse dom, seguramente cantaria o FADO. Quem me conhece sabe que o meu ouvido se alegra com quase todo o tipo de música, mas o FADO, esse não mais me largou desde uma primeira e fantástica experiência ao escutar Mafalda Arnault na escadaria do Mosteiro de Alcobaça.

Deixo-vos com um dos temas brilhantemente cantado por Ana Moura, uma jovem talentosa fadista, muito bonita por sinal!


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O eu e as palavras!

Hoje aborreci-me com as palavras! Apeteceu-me fechar-lhes a porta para não mais as deixar entrar! Parece que há dias em que tomam a forma de gente, teimosas, obstinadas e rabugentas, como que a rondar o arrogante! Eu até gosto das ditas.... das palavras, mas na sua condição meiga, na sua forma singela de alegria... melodia. Na sua condição mágica!!
As palavras duras como a pedra ficam frias, sem que pareça que lhes corre qualquer tipo de sangue nas veias! Palavras embrutecidas pelo desgaste, por vezes do tempo, por vezes das emoções, gastas de tanto serem ditas e re-ditas...como se fizesse diferença usá-las?!
Em boa verdade faz algum tempo que o desânimo se fez conhecer, nesta história do uso das palavras. Por quem se tomam para se julgarem sábias, conselheiras e até mesmo melhores que outras palavras?! Porquê usar esta ou aquela ou ainda outra?
Será que as palavras lutam entre si para ver quais as que melhor se adaptam ao universo do respectivo uso?! Será que há algumas que por força das circunstâncias de um mundo competitivo se tornam as mais bem preparadas e como tal fazem-se repetir continuamente, sem que isso traga propriamente uma mais valia ao mundo do discurso?!

domingo, 8 de novembro de 2009

Um Amor com o nome de Alice!

Há olhares que não se perdem, expressões que permanecem, cheiros que resistem ao vento e à chuva, ao calor .... ao passar do tempo!
Há memóriam que perduram naquele cantinho do coração que recorda as coisas boas, aquelas que nos fazem sorrir mesmo não percebendo porquê.
Há amores que não se esquecem, aprendem-se para toda uma vida, da mesma maneira que aprendi a caminhar, a andar de bicicleta, a fechar os olhos e a voar bem alto, ainda que apenas voe com as asas do pensamento.
Há lágrimas a que todos os dias tomo o sabor, com receio de esquecer um paladar especial...e especial porque não são umas lágrimas comuns, umas lágrimas vulgares...são lágrimas de saudade, lágrimas que têm na origem o adeus na vida a alguém especial, são lágrimas que recordam um amor com nome de Avó...da minha Avó...