quarta-feira, 25 de março de 2009

A beleza das palavras!

Palavras há, que quando passam nas nossas vidas, trazem riqueza, desenvolvimento, sensualidade, paz, alegria, fúria, loucura, liberdade. A liberdade de levar o nosso pensamento para o contexto onde estas se desenrolam.
Há palavras que nos transportam para longe, que nos fazem sonhar, esquecer, querer, desejar, quase como se tivessem o dom de se transformar num porto de abrigo, onde nos refugiamos em dias de tempestade.
Mas também há palavras que tememos, que pretendemos jamais escutar, pela dor que provocam e há mesmo algumas cuja ausência nos deixa sem rumo, porque alimentam a mente, mas acima de tudo alimentam a alma, dão voz aos sentimentos, pintam de alegria dias cinzentos e iluminam as noites. E que falta fazem essas palavras! A alma carece delas como o corpo carece do pão!
Deixo-vos com um pequeno excerto das palavras que ocupam agora o espaço dedicado aos livros na minha mesa de cabeceira...

...."O corpo dela dava uma sensação de delicadeza e de uma maravilhosa suavidade no local onde se encostava a ele. Sentia no peito a respiração gelada dela. Há tanto tempo que não pegava numa mulher que quase se tinha esquecido de como isso era bom. Quis enterrar o rosto no seu belo cabelo e inalar o seu odor. E, meu Deus, como ansiava por libertar os braços das mangas do casaco de modo a poder meter as mão por dentro e explorar a sua suavidade - a curva da cintura, a elevação das ancas, a delicada opulência do rabo.
Já não tomava uma bebida há muito, achou. Sem a infusão constante do álcool no sistema, o torpor estava a desaparecer gradualmente.
Normalmente, varria parques de estacionamento para arranjar uma garrafa nova antes de a antiga ficar seca. Agora que a garrafa que comprara mais recentemente se tinha estilhaçado, não tinha outro remédio que não fosse passar o dia inteiro sem uma bebida até ganhar dinheiro para comprar mais. E se ficasse com tremuras e não conseguisse pegar na vassoura?" ....
in "Uma Luz na Escuridão" - Catherine Anderson

2 comentários:

Ana disse...

SILÊNCIOS E PALAVRAS
“Não diga as coisas com pressa. Mais vale um silêncio certo que uma palavra errada. Demora naquilo que você precisa dizer. Livre-se da pressa de querer dar ordens ao mundo. É mais fácil a gente se arrepender de uma palavra que de um silêncio. Palavra errada, na hora errada, pode se transformar em ferida naquele que disse, e também naquele que ouviu. Em muitos momentos da vida o silêncio é a resposta mais sábia que podemos dar a alguém.
Por isso, prepara bem a palavra que será dita. Palavras apressadas não combinam com sabedoria. Os sábios preferem o silêncio. E nos seus poucos dizeres está condensada uma fonte inesgotável de sabedoria.
Não caia na tentação do discurso banal, da explicação simplória. Queira a profundidade da fala que nos pede calma. Calma para dizer, calma para ouvir.
Hoje, neste tempo de palavras muitas, queiramos a beleza dos silêncios poucos.”
Pe. Fábio de Melo

Madalena disse...

@ Ana,

Linda essa tua mensagem. Concordo que por vezes o silêncio faz toda a diferença. O difícil é perceber quando devemos ficar em silêncio e quando devemos falar, sobretudo quando o silêncio nos sufoca com palavras que gostaríamos de poder dizer..

Beijokas