domingo, 19 de maio de 2013

"Conversas Vazias"

Comecei, recentemente, a ler "A Paixão de Maria Madalena", de Margaret George e entre páginas dei com uma expressão que achei profunda de sentido: conversas vazias.

E a verdade é que há tantas por aí e ali e acolá. Conversas vazias de conteúdo, obviamente, mas vazias de compreensão, de interesse pelo outro, de emoção, sinceridade e até de empatia.

Encontro com facilidade nos ditados populares do nosso país, à beira mar plantado, expressões, mais curriqueiras e popularuchas, com indêntico sentido como a conhecida"fala fala e não diz nada".

 A expressão lembra-me alguns dos discursos politicos que escutamos hoje em dia. Os líderes e representantes das diferentes correntes políticas escrevem longos discursos, de palavras elaboradas, acentuando o tom da voz de forma particular, mas por vezes pergunto-me se eles próprios terão chegado ao fim e percebido tanta palavra proclamada. E eu nunca tinha encontrado um termo tão correto para adjetivar tais discursos e agora, encontrei.

Tratam-se apenas de conversas vazias. Mas as conversas vazias estão um pouco por todo o lado, infelizmente parecem-me mesmo um hábito instalado na sociedade. Conversas vazias em familia...num casal...entre amigos, conversas vazias no local de trabalho...alguns trechos aqui, outros mais ao lado, seria importante dar às palavras, a todas e cada uma das palavras, o sentido do respectivo significado....

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